Reunida em Nova Iorque, a Assembleia-Geral da ONU votou e aprovou esta quinta-feira o pedido de suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos.
O pedido foi aprovado com 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções.
A iniciativa do pedido partiu da Ucrânia, EUA e Reino Unido, após as graves acusações feitas às tropas russas, e, particular após o massacre de centenas de civis na cidade de Bucha.
Votaram contra o texto países como a Rússia, Bielorrússia, China, Cuba, Síria, Coreia do Norte, Nicarágua ou Irão, e entre os países que se abstiveram estão Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Índia ou México.
Dos países lusófonos, apenas Portugal e Timor-Leste votaram a favor e o voto de São Tomé e Príncipe e da Guiné Equatorial não foram registados, segundo o placar da votação apresentado na Assembleia-Geral.
A maioria dos países que votaram contra ou se abstiveram argumentaram que a resolução apresenta um viés político e que os “Direitos Humanos não deveriam ser politizados”.
Na história da ONU, apenas a Líbia de Muammar Kadhafi foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos, em 2011, também na sequência de uma votação na Assembleia-Geral da ONU.
A proposta de suspensão da Rússia foi apresentada pelos EUA “em estreita coordenação com a Ucrânia e com outros Estados-membros e parceiros da ONU”, como avançou, na segunda-feira, a embaixadora norte-americana junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield.
Um país que está “a subverter todos os princípios básicos” da organização, com a invasão da Ucrânia, “não pode continuar dentro do Conselho de Direitos Humanos”, afirmou a diplomata na rede social Twitter na ocasião.
Veja também
ACOMPANHE AQUI A SITUAÇÃO NA UCRÂNIA
Saiba mais
- Kiev processa Moscovo no Tribunal Penal Internacional
- Ucrânia: Paris convoca embaixador russo após comentário “indecente” sobre Bucha
- ONG em Portugal podem ter infiltrados pró-Putin: “Estado tem de estar presente e atento”
- Guerra na Ucrânia: Zelensky diz que a Rússia tem de ser levada à Justiça
- Guerra na Ucrânia: as longas filas de espera em Mariupol para receber ajuda
- Kiev acusa Hungria de “ajudar Putin” na guerra na Ucrânia
- Portugal já recebeu 350 crianças ucranianas
- Aumento dos combates no leste da Ucrânia impede ajuda humanitária
- SIC na Ucrânia: quinta noite sem ataques em Odessa
- Presidente da Comissão Europeia vai esta sexta-feira a Kiev
- Áustria junta-se à onda de expulsões de diplomatas russos
- UE defende envio de armas para Kiev e mais sanções contra a Rússia