Na terça-feira, um jovem de 18 anos entrou numa escola primária no Texas e matou, a tiro, 19 crianças e dois adultos. Por todo o mundo, ninguém ficou indiferente ao que aconteceu.
As reações foram surgindo. Desde a mais óbvia, a do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passando pelo Papa Francisco, e até uma mais “improvável”: Volodymyr Zelensky. O Presidente da Ucrânia enviou uma mensagem de condolências às famílias das vítimas.
“Isto está a acontecer em tempos de paz, crianças inocentes são mortas. Se querem a minha opinião, a guerra está em todo o lado. Está na sociedade e no mundo inteiro”, disse Zelensky.
A discussão em torno da licença de porte de armas nos Estados Unidos é antiga e coloca frente a frente os dois lados da questão. Os democratas – partido do Presidente – são a favor da alteração da lei e do maior controlo de quem pode ter armas.
“É tempo para aqueles que obstruem, adiam ou bloqueiam a sensatez em relação às leis das armas, precisamos de os relembrar que não vamos esquecer. Podemos e devemos fazer muito mais”, afirmou Biden.
Ninguém sabe o que vai acontecer no futuro próximo, mas o debate voltou a estar na ordem do dia. Já o Partido Republicano continua a defender o porte de armas.
O Senador Ted Cruz, do Texas, diz até: “Sabemos por situações anteriores que a forma mais eficaz de manter as crianças seguras é ter autoridades armadas nos recintos escolares”.
Quem não concorda com Ted Cruz é Steve Kerr, treinador de uma das melhores equipas de basquetebol dos EUA, os Golden State Warriors, que teve uma das reações mais emotivas.
Também o Papa Francisco dedicou algumas palavras ao que aconteceu. O sumo pontífice revelou estar “de coração partido” pelo massacre na escola primária.
“Rezo pelas crianças e pelos adultos que foram mortos e pelas suas famílias. É tempo de dizer ‘basta’ ao tráfico indiscriminado de armas. Temos todos de nos comprometer para que tragédias como esta não voltem a acontecer”.
Segundo uma organização americana sem fins lucrativos, só neste ano de 2022 já morrem quase 250 pessoas em 213 tiroteios em massa.
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