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Presidenciais em França: Emmanuel Macron e Marine Le Pen vão à segunda volta

As sondagens para a segunda volta dão uma vitória renhida de Emmanuel Macron.

Presidenciais em França: Emmanuel Macron e Marine Le Pen vão à segunda volta

Emmanuel Macron e Marine Le Pen vão à segunda volta das eleições presidenciais, não tendo nenhum dos candidatos obtido 50% dos votos. 

Emmanuel Macron vence na primeira volta com 27,87% dos votos e Marine Le Pen consegue 23,1%, não se confirmando o empate técnico que as sondagens vinham a apontar. Em terceiro lugar fica Mélenchon, com 21,95 dos votos.

A segunda volta acontecerá daqui a 15 dias, a 24 de abril.  

A abstenção situa-se nos 27%.

As cidades onde os votos ainda não foram contados são algumas das maiores da França, incluindo Paris.

Sondagens para a segunda volta dão vitória a Macron

As sondagens para a segunda volta dão uma vitória renhida de Emmanuel Macron. A margem que separa os dois candidatos é de apenas 2%

O atual presidente segue na frente com 51% contra 49% da candidata da extrema-direita. 

A sondagem do canal de televisão francês TF1 refere ainda que os eleitores mais indecisos são os que votaram em Valérie Pécresse, da direita moderada, no esquerdista Jean-Luc Mélenchon e em Yannick Jadot dos Verdes. 

França não reelege um presidente há 20 anos, mas Macron quer reverter essa tendência. 

Quem vencer estas eleições terá pela frente desafios como o de coordenar a resposta europeia à guerra na Ucrânia e a recuperação económica da pandemia.  

No sistema político francês, o Presidente tem amplos poderes, quando comparado com outros chefes de Estado ocidentais. É, por exemplo, quem nomeia o primeiro-ministro. 

“É um ligeiro respiro de alívio”, mas “em política não há impossíveis”

Para Olivier Bonamici, estes resultados são um “ligeiro respiro de alívio”, mas é preciso esperar pela segunda volta para perceber como os franceses se vão mobilizar. 

O comentador SIC lembra que o “voto antisistema”, do eleitorado de Le Pen, Mélenchon e Zimmour representa 51% dos votos, o que significa que um em cada dois franceses votou “antisistema”. 

Por isso, Olivier Bonamici lembra que “nada está ganho”

Rui Cardoso relembra que “em política não há impossíveis”, mas questiona se o eleitorado se reunirá para votar em força em Marine Le Pen na segunda volta. 

“Este eleitorado que votou em Mélenchon segue qualquer sugestão de voto que [ele] dê? Não me parece que isso vá acontecer”, afirma.