O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta terça-feira que se deverá reunir com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, ainda esta noite ou na quarta-feira, em Madrid, antes do início da cimeira da NATO.
A Turquia anunciou um bloqueio das candidaturas da Suécia e da Finlândia à NATO e espera-se que a questão seja um dos destaques da cimeira de Madrid, que decorre entre hoje e quinta-feira.
“Falei com o Presidente Biden esta manhã e ele expressou o seu desejo de uma reunião esta noite ou amanhã [quarta-feira]. Isto é possível”, disse Erdogan aos jornalistas antes de partir para Espanha, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Erdogan reune-se também com líderes da Suécia e Finlândia
Erdogan confirmou que também se vai reunir em Madrid com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, com o seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, e com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, conforme anunciou a Presidência finlandesa na segunda-feira.
“Vamos hoje encontrar-nos com a primeira-ministra sueca, o Presidente finlandês e o secretário-geral da NATO: veremos qual é a sua posição”, disse Erdogan.
“Queremos resultados, não palavras vazias”, afirmou o Presidente turco.
Erdogan disse ainda que a expectativa da Turquia para a cimeira é a “solidariedade incondicional” da NATO.
“Estamos na Aliança Atlântica há 70 anos, a Turquia não é membro da NATO por acaso”, acrescentou.
Turquia acusa Suécia de acolher militantes do PKK
A Turquia acusa a Suécia de acolher militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que Ancara considera terrorista.
Quer também o endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de várias pessoas que descreve como terroristas.
Ancara exige ainda o levantamento dos bloqueios à exportação de armas que lhe foram impostos após a intervenção militar turca no norte da Síria em outubro de 2019.
A Suécia e a Finlândia pediram a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) em 18 de maio, na sequência da invasão russa da Ucrânia, pondo termo a uma política histórica de neutralidade.
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