O reforço das forças russas no leste da Ucrânia faz antecipar uma batalha prolongada pelo controlo de algumas cidades na região do Donbass, mas a queda de Mariupol pode estar para breve.
Os próximos dias são cruciais e podem definir o rumo da guerra. A ofensiva na região do Donbass ainda não deu Mariupol a Vladimir Putin, ainda que o exército russo e as forças separatistas continuem a conquistar terreno.
Segundo os analistas norte-americanos, as alegações russas de uma rendição em massa dos combatentes ucranianos são falsas.
O Ministério da Defesa russo divulgou na quarta-feira um vídeo com cerca de 30 soldados ucranianos que diz terem sido capturados durante a tomada do complexo metalúrgico de Ilyich, no norte de Mariupol, mas muitos fuzileiros terão conseguido escapar e juntar-se às forças de defesa em Azovstal.
Moscovo aposta, no entanto, em anunciar, dia após dia, a submissão de mais tropas ucranianas.
Fontes dos serviços de informação dos Estados Unidos afirmam que a Rússia tem aproximadamente 55 grupos de batalhões táticos a combater no sul da Ucrânia e ainda que o número de combatentes seja agora mais reduzido, o reagrupamento das forças indica que uma ofensiva mais ampla estará para breve.
Um dos ataques com mais baixas civis foi o da estação de comboios em Kramatorsk, onde a população tentava a fuga, depois de aconselhada a sair da região pelas próprias autoridades.
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