Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia discutiram este sábado à tarde ao telefone a escalada de tensão na Ucrânia. Joe Biden e Vladimir Putin voltaram a falar sobre a ameaça da invasão russa que Washington diz poder acontecer a qualquer momento. O Kremlin fala em propaganda ocidental. Vários países seguiram já o exemplo da embaixada norte-americana em Kiev que foi hoje evacuada.
Há pelo menos 140 navios e dez mil marinheiros envolvidos nas manobras navais da Marinha Russa que começaram este sábado no Mar Negro. Nas imediações da Península da Crimeia e das fronteiras marítimas ucranianas, o Kremlin garante que são exercícios de rotina já previstos e que abrangem todas as frotas russas, do Atlântico ao Pacífico.
Já na Bielorrússia, país que é fronteira norte da Ucrânia, decorre até ao dia 20 a Operação Determinação Aliada 2022 entre as tropas dos dois países.
EUA evacuam embaixada em Kiev
Nas últimas semanas, esta concentração de forças russas na proximidade da Ucrânia é vista pelos Estados Unidos e pelos aliados da Nato como uma evidência de uma invasão iminente.
Washington deu este fim de semana ordem de evacuação à embaixada em Kiev. A terceira maior representação diplomática norte-americana na Europa foi reduzida ao pessoal mínimo e essencial. Para a Casa Branca, o ataque russo pode acontecer a qualquer momento e sob formas inesperadas.
Em Kiev, o presidente Zelensky fez questão de assistir aos treinos policiais de controlo de revoltas urbanas e repressão de multidões hostis. Considerou que o país está preparado para o pior dos cenários, incluindo a guerra urbana, mas criticou o que considera de alarmismo ocidental.
Rússia nega intenção de invadir Ucrânia
A Rússia continua a negar as intenções bélicas. Fala em propaganda e histeria do Ocidente. A escalada de tensão nas fronteiras ucranianas e os riscos de um conflito no leste da Europa foram discutidas este sábado entre Joe Biden e Vladimir Putin.
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia voltaram a insistir no diálogo como forma de baixar a atual escalada de tensão.
Na origem da atual crise está a recusa russa em aceitar a adesão ucraniana à Nato.
Estão os pedidos não satisfeitos para a retirada das armas colocadas junto às fronteiras russas.
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