O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou esta segunda-feira para os regimes autoritários, como a Rússia e a China, que estão a minar a ordem internacional.
Stoltenberg participava nas comemorações dos 40 anos de adesão de Espanha à Aliança Atlântica.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou mais investimento militar em Espanha, considerando-o “essencial” para garantir a segurança do país e evitar que conflitos como o da Ucrânia ameacem o atual modelo democrático.
“Vou transmitir aos espanhóis que temos de fazer esse esforço, porque muito maior é o custo de ficar de braços cruzados, enquanto colocamos em xeque o mais elementar, o mais fundamental da nossa sociedade, como a liberdade e o nosso modelo de convivência pacífica e democrática”, disse.
A decisão da Rússia de invadir a Ucrânia, segundo Sánchez, “abriu os olhos” da sociedade europeia e espanhola para o facto de que “a unidade é essencial” para preservar a segurança e que esta “não está garantida indefinidamente” e pode ser “corrompida” se não forem tomadas medidas.
“A democracia de que as nossas sociedades gozam e a nossa prosperidade precisam urgentemente de segurança. Quando a segurança está em perigo, todas as suas fundações correm o risco de colapsar”, alertou.
Sánchez sublinhou que, face a ameaças como a Rússia, “é essencial reforçar as capacidades de dissuasão”, que “exigirão capacidades militares modernas, capazes e disponíveis, que só são possíveis com um aumento do investimento na defesa
A cerimónia de comemoração do 40.º aniversário da adesão de Espanha à NATO é presidida por Felipe VI e conta com mais de 300 convidados. Para além do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, estão também representantes dos 30 países que compõem a organização e os ex-chefes de Governo de Espanha Felipe González, José María Aznar e José Luis Rodríguez Zapatero.
COM LUSA