As manobras militares conjuntas na Bielorrússia terminaram este domingo, mas a presença das tropas russas prolongar-se-á indefinidamente.
As manobras conjuntas tiveram início a 10 de Fevereiro, quando a tensão entre Moscovo e Kiev era já elevada, mas havia a garantia expressa de Vladimir Putin de que, terminadas as ações militares, as tropas russas regressariam a casa.
O fim dos exercícios estava previsto para este domingo, mas o regresso dos soldados foi adiado indefinidamente.
Os cerca de 30 mil militares russos, número estimado e não confirmado pelo Kremlin, vão permanecer na Bielorrússia, país que faz fronteira com o norte da Ucrânia.
A justificação, tanto de Moscovo, como de Minsk, é o aumento da atividade militar perto das fronteiras e o agravamento da situação em Donbass, no leste da Ucrânia.
Washington comprometeu-se em Munique a prosseguir o apoio a Kiev, sobretudo em armamento, mas o reforço do contingente norte-americano no leste da Polónia, cujo desembarque foi registado por uma equipa da Sky News, é uma imagem reveladora da ameaça que a Europa enfrenta.
O aumento da presença de tropas da NATO, sobretudo alemãs e britânicas, na Roménia, mas também na Lituânia e na Estónia, países do Báltico e membros da União Europeia, pretende ter uma função de dissuasão, contudo, atualmente somam menos de 2 mil soldados. A Rússia, por seu turno, é acusada de concentrar entre 150 a 190 mil militares nas fronteiras da Ucrânia.