A União Europeia (UE) assinou esta quarta-feira, no Cairo, um acordo de três anos para importar gás natural liquefeito (GNL) de Israel através do Egito, em alternativa à Rússia, alvo de sanções pela guerra na Ucrânia.
O acordo prevê um aumento das exportações israelitas de gás através do Egito, país que tem infraestruturas para o liquefazer e fornecer por via marítima.
“Com este acordo, vamos trabalhar na entrega estável de gás natural para a União Europeia através do Médio Oriente”, partilhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no seu Twitter.
“Isto irá contribuir para a segurança energética da UE”, continuou.
With this 🇪🇺🇪🇬🇮🇱 agreement we will work on the stable delivery of natural gas to the EU from the East Med region.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 15, 2022
This will contribute to our 🇪🇺 energy security.
And we are building infrastructure fit for renewables – the energy of the future. pic.twitter.com/GYFPXwFpsp
Numa conferência de imprensa conjunta, von der Leyen salientou ainda que este “acordo histórico” se inclui nos esforços da UE para diversificar as fontes de energia, reduzindo a independência face à Rússia e procurando “outros fornecedores confiáveis”.
O ministro da Energia israelita, Karin Elharrar, explicou, por seu turno, que o gás – quase mil milhões de metros cúbicos – será transportado para um terminal de GNL no Egito através de um gasoduto e depois em navios para portos da UE.
Enquanto o ministro do Petróleo egípcio, Tarek el-Molla, considerou que o memorando de entendimento é “um marco importante” na cooperação entre o Egito, Israel e a UE.
A comissária europeia para a Energia, Kadri Simson, assinou o documento em nome do bloco europeu.
Em 2021, a UE comprou cerca de 40% do seu gás à Rússia, dependência energética que considera urgente reduzir na sequência das sanções impostas pela invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
COM LUSA