Mundo

Ucrânia: Reino Unido e Rússia julgam necessária solução “pacífica”

Johnson e Putin concordam que um agravamento da situação no país “não [é] do interesse de ninguém”.

Ucrânia: Reino Unido e Rússia julgam necessária solução “pacífica”

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o Presidente russo, Vladimir Putin, concordaram esta quarta-feira sobre a necessidade de alcançar uma solução “pacífica” para a crise ucraniana, declara um porta-voz de Downing Street após uma conversa telefónica dos dois responsáveis.

Johnson e Putin “estiveram de acordo quanto ao facto de um agravamento [da crise] não ser do interesse de ninguém”, precisa o porta-voz num comunicado, acrescentando que o chefe do executivo britânico advertiu Putin de que “qualquer incursão russa adicional na Ucrânia seria um trágico erro de cálculo”.

Os dois dirigentes sublinham, igualmente, a importância do diálogo entre os respetivos países sobre questões como as alterações climáticas, o Afeganistão e o nuclear iraniano.

“Eles acordaram aplicar esse espírito de diálogo às atuais tensões, a fim de encontrar uma solução pacífica”, acrescenta, no comunicado.

Por sua vez, Moscovo explica que o Presidente russo condenou, numa conversa com Boris Johnson, a recusa da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) de ter em consideração as preocupações do seu país relativas à segurança, em pleno agravamento da tensão em torno da Ucrânia.

Segundo um comunicado do Kremlin, Putin refere “a falta de vontade da NATO de responder adequadamente às preocupações legítimas da Rússia” quanto à sua segurança, no caso do alargamento da Aliança Atlântica à Europa de Leste, a repúblicas ex-soviéticas.

Invasão russa na Ucrânia?

A Rússia é acusada desde o final de 2021 de ter concentrado dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia com vista a uma potencial invasão.

Moscovo nega ter qualquer projeto nesse sentido, mas exige garantias da sua segurança, entre as quais a de que a Ucrânia nunca será admitida como membro da NATO e que a Aliança Atlântica retire as suas tropas até às posições ocupadas em 1997.