As sirenes tocaram esta sexta-feira no centro de Donetsk, no leste da Ucrânia, depois do líder separatista pró-russo apelar para que a população abandonasse a cidade e fosse para a Rússia.
Os separatistas no leste da Ucrânia anunciaram esta sexta-feira que estão a iniciar a retirada de civis para a Rússia, enquanto Kiev acusa as forças pró-russas em Donbass de terem disparado contra um posto de controlo militar fronteiriço.
Denish Pushilin, líder do governo separatista na região de Donetsk, informou que mulheres, crianças e idosos serão os primeiros a ser retirados da região, perante o agravamento de tensões, e que a Rússia preparou instalações para acomodá-los.
Para justificar a evacuação, a autoproclamada república popular de Donetsk fala no receio de um ataque ucraniano.
No entanto, citado pelo The Guardian, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros nega que esteja a ser preparada uma ofensiva contra a Rússia e fala em desinformação russa.
O jornalista Diogo Martins explica o que está a acontecer na região.
Informação avançada pelos meios de comunicação russos
A enviada da SIC a Kiev, Ana Peneda Moreira, adianta que esta informação está a ser veiculada pelos órgãos de comunicação social russos e não pela Ucrânia.
Diz que há muita desconfiança por parte do território ucraniano a esta informação e afirma que há quem acredite que este pode ser o “tal incidente” que o Presidente russo, Vladimir Putin, está à procura para justificar uma entrada na Ucrânia.
Aumentam as violações do cessar-fogo no Leste da Ucrânia
O anúncio das evacuações em larga escala acontecem numa altura em que aumentou o número de violações de cessar-fogo no leste da Ucrânia.
O Ministério da Defesa da Ucrânia diz que, nas últimas 24 horas, houve 60 violações do cessar-fogo, levadas a cabo por separatistas pró-russos na região de Donbass.
Antes, os separatistas da região de Donetsk denunciaram um ataque ucraniano a uma aldeia durante a madrugada.
