A União Europeia (UE) está “firmemente” ao lado da Ucrânia, perante a ameaça russa, e está disponível para aumentar a ajuda financeira e fortalecer a parceria energética, referiu sexta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Acabei de falar com o Presidente [da Ucrânia] Zelensky. A UE está firmemente ao lado da Ucrânia”, assegurou a líder do executivo comunitário, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
I just talked to President @ZelenskyyUa.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) January 21, 2022
The EU is firmly on Ukraine’s side.
We discussed the current security situation.
The EU is ready to provide further financial support to Ukraine and to reinforce our energy partnership.
O diálogo entre Ursula von der Leyen e o chefe de Estado ucraniano, Volodomir Zelensky, incidiu sobre “a atual situação de segurança”.
“A UE está pronta para fornecer mais assistência financeira à Ucrânia e a fortalecer a nossa parceria energética“, destacou.
Esta conversação ocorreu um dia depois da presidente da Comissão Europeia ter lembrado à Rússia a sua dependência das relações económicas e comerciais com a UE.
Ursula von der Leyen insistiu também que o organismo responderá com sanções “maciças” caso os russos invadam a Ucrânia.
“A UE é, de longe, o maior parceiro comercial da Rússia e, também de longe, o maior investidor”, atirou, para ilustrar o peso que eventuais sanções podem representar.
Na sua intervenção, Von der Leyen rejeitou ainda as “tentativas russas de dividir a Europa em esferas de influência”, garantindo que a União está unida na “solidariedade com a Ucrânia e parceiros europeus ameaçados pela Rússia”.
Os Estados-membros da UE encarregaram a Comissão Europeia de preparar as diversas sanções económicas e financeiras contra a Rússia, e as opções sobre a mesa deverão ser discutidas pelos chefes de diplomacia dos 27 no Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da União que decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
Também porque a UE quer agir em estreita coordenação com os Estados Unidos e outros aliados membros da NATO, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell – que preside às reuniões de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 -, convidou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, a participar, por videoconferência, na reunião de 23 de janeiro.
A NATO rejeitou esta sexta-feira o pedido da Rússia para a retirada de tropas estrangeiras da Aliança presentes na Bulgária e na Roménia e denunciou a ideia de esferas de influência na Europa.
A Rússia garante que não tem intenção de intervir militarmente na Ucrânia, apesar de ter enviado militares e armas.
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