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Von der Leyen quer uma UE onde a comunidade LGTBI+ possa viver plenamente

Mais de 2.000 milhões de pessoas vivem em países onde a homossexualidade é ilegal.

Von der Leyen quer uma UE onde a comunidade LGTBI+ possa viver plenamente

Neste Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu uma União Europeia (UE) onde cada pessoa “possa ser quem é, totalmente, e amar quem quiser”.

“A nossa União deve ser um lugar seguro para todos. Um lugar onde você possa ser quem é, onde cada pessoa possa ser quem é, totalmente, e amar quem quiser. Pessoas LGBTIQ+, eu sempre estarei do vosso lado”, disse Von der Leyen, numa mensagem na sua conta oficial do Twitter, acompanhada por uma foto da fachada da sede da Comissão Europeia iluminada com as cores do arco-íris.

A propósito do Dia Internacional Contra a LGBTfobia e a Transfobia (IDAHOT), que se assinala esta terça-feira, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, juntamente com os presidentes do Intergrupo LGBTI do Parlamento Europeu, Marc Angel e Terry Reintke, participarão numa iniciativa transmitida ao vivo no Facebook sobre o apoio e o trabalho do Parlamento nas questões LGBTIQ.

Malta, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Luxemburgo, Suécia, França, Montenegro, Portugal e Espanha são, por esta ordem, os dez países europeus em que os direitos das pessoas LGBTIQ+ são mais respeitados, segundo a classificação da ILGA-Europa, organização não governamental e independente que reúne mais de 600 organizações de 54 países da Europa e Ásia Central.

No extremo oposto, Azerbaijão, Turquia, Arménia, Rússia, Bielorrússia, Polónia, Mónaco, San Marino, Roménia e Bulgária são os lugares onde são menos respeitados, numa lista de 49 estados analisados pela ILGA-Europa.

Numa mensagem em nome dos 27, o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, disse que, embora nos últimos dez anos se tenham visto “sinais de progresso” em todo o mundo, “a discriminação e a exclusão por causa da orientação sexual e identidade de género persistem”.

“Estamos a testemunhar um retrocesso preocupante para os direitos das pessoas LGBTI”, acrescentou.

Os níveis de violência contra pessoas LGBTI “também são alarmantes, embora em grande parte não sejam relatados”, sublinhou Josep Borrell, que reafirmou o compromisso “firme” da UE de “respeitar, proteger e cumprir o pleno e igual gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais das lésbicas”, gays, bissexuais, transgéneros e intersexuais.

Mais de 2.000 milhões de pessoas vivem em países onde a homossexualidade é ilegal e onde a pena de morte continua a ser aplicada nos casos de relações homossexuais consensuais em onze jurisdições, lembrou também o chefe da diplomacia europeia.

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