O Oceanário de Shimonoseki, cidade costeira no Sul do Japão, fechou portas temporariamente a 1 de dezembro para obras de restauro. O peixe-lua, que os tratadores dizem ter uma personalidade "muito curiosa", não tardou a sentir o impacto da ausência de visitantes.
Uma semana após o encerramento, a equipa de tratadores começou a perceber que o animal estava com comportamentos estranhos. Perdeu o apetite e começou a esfregar o corpo contra o aquário, uma atitude própria de um peixe-lua com parasitas ou com distúrbios digestivos.
Depois de descartadas outras hipóteses, os especialistas suspeitaram que o peixe-lua estaria a sofrer de solidão e, por esse motivo, estava a deixar de comer.
A equipa colou ao aquário recortes com fotos de rostos humanos e alguns dos seus uniformes no dia 8 de janeiro, na esperança de que o peixe se sentisse melhor. Curiosamente, o peixe-lua começou a comer mais logo no dia seguinte e, segundo os responsáveis, está melhor e ocasionalmente aproxima-se dos recortes colados no aquário.
O tratamento original está a ser um sucesso e vai manter-se até à reabertura ao público, prevista para julho de 2025.
Estratégia criativa usada também durante a pandemia
Durante a pandemia de covid-19, o Aquário Sumida de Tóquio também encontrou uma solução igualmente criativa para combater a solidão dos animais, habituados à interação humana.
Durante o confinamento, em 2020, o Aquário Sumida pediu a voluntários para fazerem sessões de FaceTime para as 300 enguias-pintadas, que se tornaram tímidas sem a presença de visitantes, tornando-se difícil para os funcionários confirmarem se estavam saudáveis.
Com Reuters