Beber um 'shot' de azeite especial pode ajudar desportistas de alto nível
A Oleaphen, uma empresa do Chipre, está a produzir um azeite diferente que ajuda na recuperação dos atletas e que já estará a ser vendido para jogadores da Premier League e ciclistas do Tour de France. "É o anti-inflamatório mais natural e poderoso do mundo", diz Nicolas Netien.
Já pensou em beber um 'shot' de azeite? É inusitado, mas parece trazer benefícios na recuperação física. Muitos jogadores já estão a consumir, inclusive jogadores da Premier League e ciclistas que participam no Tour de France. Mas este azeite, produzido no Chipre, é especial.
A produção deste azeite remete a uma tradição “milenar” no país, que consiste numa colheita precoce e que resulta num óleo repleto de polifenóis que combatem a inflamação. É o que explicam os fundadores da Oleaphen, que vende cápsulas do produto para desportistas de alto nível.
“Existe uma tradição no Mediterrâneo, especialmente na Grécia e no Chipre, de produzir azeite muito cedo nesta época do ano, quando as azeitonas ainda estão verdes, tal como fazemos. Era guardado em casa para ser usado como medicamento. O que estamos a fazer é pegar nesse conhecimento tradicional milenar, com milhares de anos de evidência empírica, e aplicar a ciência a ele”, diz Nicolas Netien, engenheiro de solos.
“Jogadores voltam com muito mais energia”
Netien foi convidado por Nick Schizas, um produtor de azeite e antigo agente de futebol, para fundar a Oleaphen.
“No passado, eu fui um agente licenciado pela FIFA e, quando descobri isto [os efeitos do azeite], pensei em oferecer aos jogadores com quem trabalhava”.
Nick conta que os atletas “voltavam com muito mais energia” depois de beber o óleo. “Recuperavam mais rapidamente entre os jogos e os treinos e, sem que eu precisasse de fazer pressão, pediam mais.”
"O anti-inflamatório mais natural e poderoso do mundo".
O segredo está nos altos níveis de polifenóis destas azeitonas, que podem produzir "o anti-inflamatório mais natural e poderoso do mundo".
Este azeite de colheita precoce contém 30 vezes mais polifenóis do que o azeite extra virgem e 100 vezes mais oleocanthal.
“Se experimentar um azeite que não arde e não é amargo, significa que tem um teor mais baixo de polifenóis. Quanto mais forte for o polifenol, mais forte será a sensação de ardor.”
Investigadores do Chipre estão a estudar de perto os efeitos deste azeite, com o objetivo de provar, cientificamente, o seu potencial para a saúde.