Três ex-polícias de Minneapolis são acusados de violar os direitos civis de George Floyd por nada terem feito para salvar a vítima, de 46 anos, quando o colega Derek Chauvin pressionou o joelho sob o pescoço do afro-americano, acabando por lhe causar a morte. No início do julgamento, a procuradora disse que os réus ficaram indiferentes aos pedidos de ajuda do homem algemado. Na sessão desta quinta-feira, uma testemunha que assistiu às agressões chorou quando prestava depoimento.
Os ex-polícias “deixaram-se ficar ou ajoelharam-se ao lado do polícia Chauvin que matava Floyd”, referiu a acusação.
J. Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao têm treino de reanimação cardiorrespiratória, mas apesar de serem agentes de autoridade “escolheram não proteger George Floyd, o homem que algemaram e colocaram sob custódia”.
Uma testemunha que assistiu às agressões do agente Derek Chauvin chorou durante o julgamento, quando prestava declarações. Com este depoimento, a acusação pretendia mostrar que mesmo pessoas sem treino médico sabiam que Floyd precisava de ajuda.
George Floyd morreu a 25 de maio de 2020, em Minneapolis, depois de Chauvin ter pressionado o seu pescoço com o joelho por 9 minutos e meio.
Quando o afro-americano, de 46 anos, estava no chão, algemado e ofegante, Kueng ajoelhou-se nas costas de Floyd, Lane segurou as suas pernas e Thao impediu a intervenção de pessoas que assistiam à agressão.
O episódio foi gravado em vídeo e as imagens desencadearam protestos, violência e manifestações antirracismo um pouco por todo o mundo.