Opinião

Obrigado (outra vez)

Há um ano contei uma história de bombeiros que por estes dias voltou a circular na rede. Não há mal. A causa é boa. Chamava-se, a história, obrigado. Agora, hoje, do meio do inferno, tenho de dizer Obrigado. Outra vez.

Escola de infantes e cadetes de Figueró dos Vinhos
Escola de infantes e cadetes de Figueró dos Vinhos

E a quem?
Aos bombeiros.
Esses, os do "vida por vida".
Ía a dizer que são mulheres e homens iguais a nós, mas na verdade, não.
São de outra estirpe.
Estão ao nosso serviço, e só porque querem, ninguém lhes pediu, ninguém lhes paga, nada os obriga.
O "ser bombeiro" cola-se-lhes à pele muito mais que o nome ou, até, a profissão.
Mulheres e homens destemidos e de coragem, determinados e com a dose de loucura que os faz dar a vida por outras vidas.
Sempre prontos.
Que largam tudo.
Que estão, muitas vezes, no descanso das cartas e dos tremoços nos bares dos quartéis de bombeiros, mas que ao primeiro sinal, ao primeiro alerta, à mínima chamada, estão prontos.
E é aí que elas e eles se tornam diferentes de nós.
Quando estamos em perigo, chamamos os bombeiros.
E quem são? São eles.
Sim, há três dias no meio do inferno, só vejo bombeiros.
São eles. São hoje e hão de ser sempre. Não é por acaso que Portugal tem grande parte do socorro assente no voluntariado.
Obrigado. Outra e outra vez.