Germano Almeida, comentador da SIC, analisa a situação geopolítica e todas as suas tensões nos últimos dias: os protestos em Israel pela nova reforma judicial do Governo, os rockets foram disparados da Síria para Israel após disparos semelhantes do vizinho Líbano e os documentos confidenciais dos Estados Unidos da América que foram revelados por fontes anónimas.
O jornal The New York Times fala em mais de cem ficheiros que incluem informações confidenciais sobre a guerra na Ucrânia, o Médio Oriente e a China e estes foram partilhados através de várias redes sociais. Pentágono acredita que foram espiões russos e Germano Almeida não entende como ainda estão a circular na internet.
Estes somam-se a outros documentos que já estavam a circular na internet sobre as ajudas dos Estados Unidos e da NATO à Ucrânia, que terão sido alterados com informações falsas antes de divulgados.
“Mesmo que haja manipulação da Rússia (…), a verdade é que há que saber como é possível que esteja a circular online desde 4 de março, há mais de um mês, e tendo indicações planos de ajuda à contraofensiva ucraniana que podem pôr muitos em perigo e comprometer planos de guerra. É, portanto, um grande falhanço americano e aparentemente um sucesso das secretas russas, talvez o maior desde o início da guerra”, relatou o comentador SIC.
A teoria ucraniana recai sobre Moscovo, também, algo com que Germano Almeida concorda. O grande problema é perceber porque é que os serviços norte-americanos ainda não desmentiram o conteúdo dos documentos.
“A Ucrânia vai dizendo, teoria de que estes planos são operação de desinformação russa, desviar as intenções, semear a discórdia, mas apesar de concordar, diria que isto não diz tudo, o próprio Pentágono não consegue desmentir que a base destes documentos militares é real, é correta. Há aqui um problema sério a resolver", explicou.
O comentador SIC espera que esta revelação não “comprometa” a contraofensiva ucraniana.
No que diz respeito a Israel, a “situação é explosiva” e “vai voltar a estar no topo das nossas preocupações” enquanto política internacional, segundo Germano Almeida.
Três rockets foram disparados da Síria para Israel na noite de sábado, informaram militares israelitas, após disparos semelhantes do vizinho Líbano nos últimos dias e numa altura em que aumenta a violência no Médio Oriente.
Um dos rockets "caiu num terreno baldio no sul dos Montes Golã" anexado por Israel, disse o exército num breve comunicado, sem dar mais detalhes.