A prova, que hoje tomo a liberdade de partilhar em jeito de balanço, foram as variás iniciativas a que tive a honra de participar só em maio, mês que agora termina.
Logo no arranque, estive numa tertúlia organizada pelo meu amigo Rui Carvalho (CM Barreiro), no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril. A sessão foi dedicada ao tema "Liberdade no Desporto" e transportou-nos no tempo quanto ao que se fazia antes e ao que se faz agora a esse nível. Um mundo inimaginável de diferenças. Uma experiência memorável.
Depois viajei até à AF Évora para falar com arbitros do núcleo daquele distrito. É sempre gratificante partilhar experiências e aprender com os mais novos. Seria bom que o adepto comum conhecesse a forma como se pensa, prepara e trabalha arbitragem por este país fora. Poderia mudar o seu mindset.
Participei também numa reunião organizada pelo IPDJ, subordinada ao tema "Manipulação de Resultados Desportivos", algo a que o Governo anterior já tinha olhado de forma séria e determinada (honra seja feita). Um fenómeno crescente e insidioso, que convém acompanhar com proximidade, quer através de ações pedagógicas junto dos mais novos, quer através de mecanismo de controlo eficazes.
Estive ainda no Estoril, num seminário sobre Saúde Mental em Atletas de Alta Competição, tema de importância maior sob o ponto de vista emocional e psicológico (quer dos atletas que estão no ativo, quer daqueles que já terminaram as suas carreiras). A ação foi superiormente organizada pela AAO - Associação de Atletas Olímpicos, presidida pelo meu amigo Luís Alves Monteiro.
Pelo meio tempo para participar num congresso liderado pelo PNED - Plano Nacional de Ética Desportiva (IPDJ), onde os "Embaixadores da Ética no Desporto" (titulo que me orgulho de ostentar) reuniram-se para partilhar as suas experiências e refletir sobre a forma como devem continuar a intervir no desporto, no que diz respeito à difusão de boas práticas e à denúncia de condutas impróprias.
Por último, regressei a um dos maiores eventos anuais sobre desporto, cultura e empreendedorismo, criado pelos irmãos Ricardo e Tiago Mira, duas das pessoas mais honestas e competentes que conheço: o "2BuildTalks", este ano realizado na bela vila de Cascais e que contou com a presença de quase 500 convidados (!) das mais diversas áreas de atividade nacionais e internacionais.
O meu "Kickoff", projeto pessoal destinado a tentar humanizar o papel do árbitro e esclarecer as várias regras e situações de jogo, continua a ser a locomotiva diária que move tudo o resto: um trabalho solitário, constante e com forte exposição nas redes sociais, que se sujeita às diabruras impensáveis do coração de tantos, sabendo que valerá sempre a pena desde que chegue de forma sensata pelo menos a um. E acho que (ainda) chega.
Quanto às "férias", são praticamente nulas: o Euro 2024 está à porta, depois as pré-épocas das equipas e logo a seguir jogos particulares, Supertaça e arranque das competições.
Até lá, artigos de opinião aqui, no online SIC Notícias, também no Expresso/Tribuna do Expresso, no Jornal A Bola... e tudo o que entretanto aparecer por aí.
É um vício sim, mas em bom. Mal o menos.