Coronavírus

Opinião

"Catorze meses depois, Portugal é um país mais pobre"

Análise de Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira ao fim do estado de emergência.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta terça-feira que não vai renovar o atual estado de emergência. Mas Marcelo acrescentou que não hesitará em avançar para um novo estado de emergência se assim se justificar.

O dia de hoje é um dia importante para o Governo e para os portugueses

Bernardo Ferrão considera que o dia de hoje é importante tanto para o Governo como para todos os portugueses. No Jornal da Noite da SIC, alertou para a falsa ideia com que muitas pessoas podem ficar, ao pensarem que a pandemia já passou só porque o estado de emergência não vai ser renovado. Sublinha por isso que as medidas preventivas devem manter-se "porque efetivamente a pandemia ainda não passou".

Bernardo Ferrão elogiou ainda a estratégia adotada pelo Governo para conter a pandemia, depois dos estragos provocados no Natal. Considera que o Governo arriscou, mas soube controlar a situação.

"14 meses depois, Portugal é um país mais pobre"


José Gomes Ferreira considera que do ponto de vista social e económico, estavam todos à espera de um fim de ciclo e da altura em que se pudesse fazer um balanço.

"Catorze meses depois, Portugal é um país mais pobre porque tem mais desemprego, tem menos PIB e tem muito mais défice e muito mais dívida que vão pesar por muito tempo", aponta.

Para José Gomes Ferreira, o Governo nunca deveria ter fechado tudo, "o comércio podia ter continuado a funcionar como funcionavam os super e hipermercados, porque se provou que podiam funcionar sem risco", afirma.

Diz que, com esse fecho completo, "deu-se cabo de parte da economia".

"Olhando para o futuro, acho que há condições para uma retoma no segundo semestre, mas a retoma não será tão grande como nos dizem", afirma.