"Peçam-nos os resultados no fim do mandato", afirmou o ministro, durante o debate no Clube dos Pensadores, que decorre num hotel em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, e que tem sido marcado por frequentes protestos de pessoas na audiência.
Relvas disse que "os problemas de Portugal têm que ser vistos de uma forma global" e que os portugueses devem "acreditar que em 2015 Portugal estará melhor que aquilo que está hoje".
Em 2015, no final do mandato, "os portugueses poderão optar", insistiu o ministro.
"Não fomos nós que pusemos Portugal na bancarrota", afirmou Miguel Relvas no debate, dedicado ao "Momento Político".
Instado a esclarecer o que é a refundação do Estado, explicou que "a questão não está na refundação, mas na redefinição das funções do Estado".
O debate tem sido marcado por alguns incidentes, com participantes a interromper frequentemente o discurso e as respostas de Relvas
Logo no início, cerca das 20:40 o ministro foi interrompido por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram "Grândola Vila Morena" e exigiram a sua demissão.
"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.
O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Podemos cantar todos", disse Miguel Relvas, sempre sorridente, tentando ainda entoar algumas passagens da canção de José Afonso,
"Nestas circunstâncias (estas manifestações) não me desencorajam, não tenho qualquer tipo de preconceito", afirmou após os primeiros protestos, que, no entanto, continuaram a marcar o evento.
"Este debate é o mais difícil que fiz na minha vida", reconheceu Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores.
"Não vim aqui para ser julgado, a minha vida é clara", afirmou o ministro Adjunto, acrescentando não ter nada a esconder e que "quem está nestas funções tem de estar aberto a críticas".
"Sou uma pessoa íntegra", frisou.
Lusa