Manuel Abrantes, ex-provedor adjunto da Casa Pia, e o diplomata Jorge Ritto, que se entregaram voluntariamente na manhã de hoje na cadeia Carregueira, em Belas (Sintra), receberam autorização para irem almoçar fora enquanto se estão a resolver as questões administrativas.
À saída do Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra, onde esteve cerca de 1:20 o antigo provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes afirmou que faltam resolver "questões administrativas" e que, por essa razão, saiu para almoçar.
Por volta das 12:20, Manuel Abrantes saiu acompanhado pela sua advogada e pelo ex-embaixador Jorge Ritto e reiterou aos jornalistas a sua inocência, adiantando que vai regressar ao estabelecimento prisional à tarde, depois de almoço.
O antigo provedor-adjunto da Casa Pia adiantou ter conhecimento de que já foram emitidos os mandados de detenção, embora ainda não tenha sido notificado, e que por uma questão de responsabilidade se entregou de livre vontade hoje na Carregueira.
O ex-embaixador Jorge Ritto recusou-se a prestar declarações aos jornalistas.
Fonte judicial disse à Agência Lusa, cerca das 11:00, que a 8ª Vara Criminal de Lisboa não tinha conhecimento formal de que Manuel Abrantes e Jorge Ritto já tivessem dado entrada na prisão da Carregueira, apesar de despacho a declarar o trânsito em julgado da sentença.
Quanto ao médico Ferreira Diniz, o único dos condenados no processo Casa Pia que ainda não se apresentou voluntariamente na prisão, a mesma fonte garantiu que não existe recurso nos autos do processo, mas apenas um requerimento a pedir a prescrição de dois crimes pelos quais foi condenado, mas que tal pedido não suspende o cumprimento da pena efetiva de prisão.
Ferreira Diniz foi condenado a sete anos de cadeia, tendo já cumprido 16 meses de prisão preventiva.
Manuel Abrantes foi condenado a cinco anos e nove meses, mas já cumpriu um ano em prisão preventiva, enquanto Jorge Ritto, condenado a seis anos e oito meses de cadeia, esteve privado preventivamente da liberdade durante 13 meses.
Também na Carregueira está desde terça-feira o antigo apresentador de televisão Carloz Cruz, que também se entregou às autoridades, tendo que cumprir quatro ano e nove meses.
Carlos Silvino, antigo motorista da Casa Pia, foi o primeiro condenado neste mediático processo a ser detido, após o trânsito em julgado da sentença, e está igualmente na cadeia da Carregueira a cumprir 15 anos de prisão.
Com Lusa