O protocolo foi assinado no Ministério da Saúde Saudita pelo ministro Paulo Macedo e pelo seu homólogo, Abdullah al Rabeeha, na sequência de um convite do ministro saudita após a visita que efetuou a Lisboa e ao Porto em 2010.
"Pretendemos formalizar este acordo no sentido de permitirmos que as empresas portuguesas saibam exatamente quais são as necessidades e o que Arábia Saudita pretende, as oportunidades que existem", disse Paulo Macedo após a formalização do acordo.
"Existem muitas possibilidades concretas para desenvolver e a prova disse é a quantidade de empresas de saúde que vieram nesta delegação", adiantou.
Paulo Macedo iniciou hoje uma visita de dois dias ao reino saudita, onde também acompanha uma delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), com representantes de 53 empresas.
O ministro da Saúde sublinhou que a "internacionalização de Portugal" permanece uma prioridade e destacou na área específica da saúde os progressos registados nos últimos anos em termos de infraestruturas "sem paralelo, reconhecidas de muito boa qualidade", para além da qualidade do conjunto dos profissionais de saúde, incluindo o pessoal técnico.
"Temos um conjunto de infraestruturas em Portugal sem paralelo, um conjunto de profissionais em quantidade e qualidade significativo e temos também áreas de excelência que se distinguem das demais e faz com que a internacionalização, a oferta de serviços no exterior, seja uma prioridade", sublinhou.
Entre as empresas com um conjunto alargado de contratos no estrangeiro inclui-se o Centro Genética Clínica (CGC Clinics), do Porto, que se fez representar nesta visita por Purificação Tavares, professora e especialista em medicina genética.
"Este mercado tem sido fundamental por dois motivos. Temos contratos assinados e estabelecidos com grandes hospitais da Arábia Saudita, em Riade e Daman, que usam o CGC Clinics no Porto para envio das amostras de testes que não fazem", disse Purificação Tavares.
A empresa especializada neste ramo da saúde e presente "em força" no país do Médio Oriente desde 2009 está a reforçar os contactos e os contratos com os hospitais sauditas, quando as autoridades do reino anunciaram um plano para a construção de mais 120 unidades hospitalares.
"Devido a estes contratos tem-nos sido possível manter o trabalho para os hospitais em Portugal, com as dificuldades que tem havido. Cerca de 30% da exportação de testes genéticos que fazemos tem permitido que tenhamos aguentado o laboratório e a empresa", adiantou Purificação Tavares.
Lusa