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Crianças vão ter boletim digital que emite alertas para consultas e vacinas

Um boletim de saúde infantil digital que emite  alertas aos pais sobre as datas das consultas e vacinas dos filhos vai estar  disponível para as crianças nascidas a partir do próximo mês, anunciou a  Direção-Geral da Saúde (DGS).

Arquivo Reuters
© Ina Fassbender / Reuters

Esta é uma das novidades do novo Programa Nacional de Saúde Infantil  e Juvenil (PNSIJ), que será apresentado no sábado, Dia Mundial da Criança.

A versão digital do Boletim de Saúde Infantil e Juvenil -- o eBoletim  -- permitirá que mães, pais ou outros cuidadores de crianças nascidas a  partir de junho, optem por esta alternativa em vez do tradicional modelo  em suporte de papel. 

Segundo a DGS, o eBoletim tem diversas vantagens, como a fácil utilização  e um acesso simplificado à informação, através da sua disponibilização na  rede de internet. 

Este boletim digital vai dispor de sistemas automáticos de alerta, que  permitem transmitir informações importantes aos utentes e aos profissionais,  como datas de marcação de consultas, reforço de vacinas ou realização de  exames clínicos. 

Por exemplo, no caso de um bebé de meses, os pais serão avisados por  e-mail sempre que estiver programada uma consulta e no período entre consultas  receberão informação de saúde respeitante à etapa de desenvolvimento do  seu filho. 

A entrada em vigor dos boletins de Saúde Infantil e Juvenil em versão  papel e do eBoletim será gradual, prevendo-se a sua conclusão até ao final  de 2013 a nível dos Cuidados Primários e em 2014 na vertente Hospitalar.

Além do eBoletim, o programa contempla uma alteração nas idades-chave  para as consultas e um aumento do número de consultas de 17 para 18. 

Estas consultas serão harmonizadas com o programa nacional de vacinação,  de forma a reduzir o número de deslocações aos serviços de saúde, e com  acontecimentos importantes na vida do bebé, da criança ou do adolescente,  tais como as etapas do desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo e emocional,  a socialização, a alimentação e a escolaridade.   A DGS destaca a consulta dos 5 anos, que tem como finalidade avaliar  a existência de competências para o início da aprendizagem, a dos 6/7 anos,  para detetar precocemente dificuldades específicas de aprendizagem, e a  dos 10 anos, que visa preparar o início da puberdade e a entrada para o  5. ano de escolaridade. 

O novo Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil adota as novas  curvas-padrão de crescimento preconizadas pela Organização Mundial da Saúde,  mais consentâneas com as características da população portuguesa. 

Até ao momento, aeram seguidas nas consultas de vigilância de saúde  infantil as curvas do Center for Disease Control and Prevention (CDC), adotadas  nos Estados Unidos. 

Está também previsto neste programa um reforço significativo da importância  das questões relacionadas com o desenvolvimento infantil, com as perturbações  emocionais e do comportamento e com os maus tratos, bem como a divulgação  generalizada de informação relevante em matéria de saúde infantil e juvenil.

Com o objetivo de familiarizar os profissionais com as alterações introduzidas,  têm sido realizadas sessões de informação e formação, tanto a nível dos  cuidados primários, como a nível hospitalar. 

O PNSIJ entra em vigor na próxima segunda-feira, estando já em funcionamento  o projeto-piloto. 

 

Lusa