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Ministra das Finanças garante coesão do Governo

A ministra de Estado e das Finanças disse  hoje não ter sentido qualquer preocupação do Eurogrupo sobre a coesão do  Governo, sublinhando que a crise política "está completamente ultrapassada"  e que o executivo está "coeso e determinado". 

(Lusa)
JOAO RELVAS

"Não senti da parte do Eurogrupo preocupações sobre essa matéria, não  me colocaram qualquer questão sobre a coesão política, aliás eu já tinha  tido ocasião, na última reunião, de explicar ao Eurogrupo que essa questão (da crise política de julho) estava completamente ultrapassada e que o Governo  português está coeso e determinado no objetivo de conclusão do programa  e de cumprimento das metas", afirmou Maria Luís Albuquerque. 

A responsável pela pasta das Finanças falava numa conferência de imprensa  no final de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, no Luxemburgo.

Questionada sobre a hipótese de um segundo resgate a Portugal, Albuquerque  respondeu: "Eu não consigo imaginar neste momento o contexto em que essa  discussão faria sentido". "Acabámos de concluir a oitava e nona avaliações com sucesso, tivemos  uma reação positiva dos mercados (...) estamos prestes a submeter ao parlamento  um Orçamento que permite o cumprimento das metas do programa, portanto não  há aqui nenhum enquadramento no qual faça sentido falar de um segundo programa,  do que estamos a falar é da conclusão do programa que está em curso e que  se aproxima do fim", reforçou. 

A ministra de Estado e das Finanças adiantou ainda que na reunião desta  tarde não houve qualquer "discussão em concreto" sobre um eventual apoio  cautelar para a Irlanda após o fim do programa de assistência financeira,  em dezembro, e que no que respeita a Portugal é "prematuro" falar no assunto. "Ainda estamos a uma distância razoável da conclusão do programa, o  programa português só se concluirá em junho de 2014 e é cedo, podemos começar  a pensar nisso, mas não há ainda nenhuma discussão", referiu. 

Maria Luís Albuquerque recusou ainda "especular sobre programas que  não são o programa português", mas considerou que a decisão da Irlanda deverá  resultar de "uma análise de custo/benefício entre as potenciais vantagens  de um programa de apoio para regresso ao mercado" e "as condicionalidades  que serão exigidas". "Mas isso cabe aos membros da 'troika' e às autoridades irlandesas",  assinalou, acrescentando que é sempre possível "tirar alguns paralelismos  de outros programas" mas ressalvou que cada país tem "especificidades" que  levam a soluções diferentes. 

 

     

 

Lusa