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PS diz que IMI é "bomba relógio" e vai repor cláusula de salvaguarda de 2013

O PS anunciou hoje que irá propor a reposição da cláusula de salvaguarda do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no Orçamento para 2014 e considerou a proposta do Governo "uma bomba relógio" para 3,7 milhões de famílias.

MIGUEL A. LOPES

Esta posição transmitida pelo vice-presidente da bancada socialista  Mota Andrade a meio da reunião do Grupo Parlamentar do PS, numa declaração  aos jornalistas em que acusou o Governo de preparar uma "bomba relógio"  para 3,7 milhões de famílias ao eliminar na proposta de Orçamento do Estado  para 2014 a cláusula de salvaguarda para rendimentos superiores a sete mil  euros anuais. 

"O Governo especializou-se em divulgar notícias que são enormes embustes  - e o caso sobre o IMI é mais uma prova disso. Na realidade, 3,7 milhões  de famílias, que adquiriram casas (muitas das quais ainda em pagamento),  vão ter uma bomba relógio em 2014, caso o que está previsto no Orçamento  vá avante e essa cláusula de salvaguarda de IMI deixem de existir", referiu  o dirigente da bancada do PS. 

Segundo Mota Andrade, se a cláusula de salvaguarda for retirada, o  aumento brutal do IMI, a par do corte de rendimentos da maior parte dos  portugueses e do aumento de impostos, gerará um agravamento dos problemas  de muitas famílias". 

"O Governo pretende que a cláusula de salvaguarda termine para agregados  familiares com rendimentos superiores a sete mil euros por ano, ou seja,  500 euros por mês. Por certo estamos a brincar, isso não atinge ninguém,  porque nesse escalão quase ninguém tem casa própria", disse. 

Mota Andrade adiantou que, no âmbito da discussão da especialidade  do Orçamento do Estado para 2014, o PS, "tal como fez no ano passado, apresentará  propostas para que as medidas de salvaguarda se mantenham". 

"Havia um compromisso plurianual, até 2015, no sentido de limitar o  aumento do IMI a 75 euros", acrescentou.