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Manifestantes no Porto contrariam ordem da polícia no trajeto do desfile

Cerca de duas mil pessoas estavam, às 15:30,  concentradas na Praça da Batalha, no Porto, de acordo com João Vilela, da  organização da manifestação "Que se Lixe a Troika", para quem "menos pessoas  não significa menos gente descontente". 

MARIO CRUZ

João Vilela, um dos organizadores do protesto no Porto, admitiu estarem  concentradas na Praça da Batalha menos pessoas do que em manifestações anteriores,  mas salientou que este evento "não teve grande divulgação na comunicação  social". 

"Menos pessoas não significa menos gente descontente, basta andar na  rua", frisou. 

Em declarações à Lusa, Isabel Carvalho, bancária, de 56 anos, espantava-se  com a menor participação popular nesta manifestação, dizendo sentir "uma  indignação inexplicável". 

O descontentamento de Isabel Carvalho devia-se, em parte, ao facto de  "as pessoas estarem tão cansadas que já não têm mais forças para protestar".

Apesar da crise, esta manifestante reconhecia que por ter emprego ainda  não precisou de fazer grandes ajustes na gestão do seu quotidiano, mas,  vincou: "neste momento luto mais pelos outros do que por mim". 

A manifestação do movimento "Que se lixe a troika" decorre em 14 cidades  portuguesas com o objetivo de protestar contra as políticas de austeridade  do Governo. As ações decorrem em Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Faro, Portimão,  Funchal, Horta, Lisboa, Portimão, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e  Viseu. 

 

     

 

Lusa