País

Poiares Maduro diz que sociedade civil terá de liderar canal próprio, mas RTP pode dar apoio

O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, defendeu hoje que um canal para a sociedade civil terá de ser liderado pela sociedade civil mas mostrou abertura para ser apoiado pela RTP. 

Ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional,  Miguel Poiares Maduro (Lusa)
JOSE SENA GOULAO

"Este canal tem de ser sobretudo liderado pela sociedade civil. É isso  que faz sentido ser um canal da sociedade civil e é nesse contexto que ele  está previsto no âmbito do contrato de concessão", disse o governante. 

Poiares Maduro falava aos jornalistas à margem do "I Congresso Nacional  da Sociedade Civil", que decorre hoje no ISCTE/Instituto Universitário de  Lisboa e onde está a ser debatido um estudo daquela universidade sobre a  criação de um canal para a sociedade civil. 

O ministro lembrou que o novo contrato de concessão de serviço público  de televisão e rádio já prevê a criação de um canal para a sociedade civil  e afasta a ideia de se transformar a RTP2. 

"No que concerne à RTP2, a proposta de contrato de concessão identifica  claramente uma estratégia de ser um canal com uma forte componente cultural  e informativa e é nesse sentido que a RTP 2 irá evoluir. A possibilidade de apoiar ou não, até do ponto de vista técnico, a criação de um canal pela  sociedade civil que seja uma evolução do programa que atualmente existe,  isso corresponde a uma proposta das associações que estão aqui reunidas",  afirmou. 

"Os detalhes do apoio que a RTP pode vir a dar a esse canal terão de  ser definidos na base na sugestão que partir da sociedade civil", acrescentou  o governante. 

Questionado se também a rádio pública poderá vir a ter um canal para  a sociedade civil, Poiares Maduro disse que "o que está previsto é um canal  de televisão", mas frisou estar "aberto a acolher todas as sugestões". 

O ministro disse ainda que não está definido se esse canal será aberto  ou não porque tem de se analisar "questões de custos" e a "forma como a  sociedade civil consegue financiar ou não esse canal". 

Miguel Poiares Maduro destacou que na próxima quarta-feira irá assinalar-se, pela primeira vez, o Dia do Serviço Público, onde todas estas questões serão analisadas. 

Dias depois, será divulgada a versão final do contrato de concessão  de serviço público de televisão e rádio. 

 

Lusa