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Centenas de professores protestam frente ao Parlamento contra prova "humilhante"

Centenas de professores estão hoje concentrados  frente à Assembleia da República para exigirem o fim da prova de conhecimentos  que consideram ser "humilhante" para a classe. Enquanto os professores protestam na rua, os deputados discutem em  plenário duas petições destinadas a anular a prova de conhecimentos exigida  a todos os docentes contratados que queiram dar aulas e tenham menos de  cinco anos de serviço.

(Lusa)
TIAGO PETINGA
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TIAGO PETINGA
Arquivo Lusa
TIAGO PETINGA
(Lusa/Arquivo)
TIAGO PETINGA

João Louceiro, do secretariado nacional da Fenprof, disse à agência  Lusa que os deputados "têm nas suas mãos o poder de acabar com esta humilhante  e bárbara prova de conhecimentos". 

"Esta prova é um ataque ao sistema educativo", adiantou o dirigente  da Fenprof, estrutura sindical que entregou uma das petições, com mais de  22 mil assinaturas. 

Na concentração em frente à Assembleia da República estão professores  de várias regiões do país, muito deles sujeitos à prova e outros já dispensados.  É o caso de Ana Carmo, professora do 1/o ciclo do Ensino Básico em Abrantes,  que já está nos quadros, mas participa no protesto para manifestar solidariedade  com os colegas da profissão. 

Ana do Carmo disse à agência Lusa que a profissão de professor está  posta em causa", bem como o ensino público e o futuro dos alunos. 

A docente disse ainda ser contra a realização desta prova de conhecimentos,  apesar de estar dispensada de a fazer, considerando que a profissão de docente  tem que ser "dignificada". 

A professora Elisabete Mendes, presente no local, vai ter que realizar  a prova porque, segundo disse, o seu tempo de serviço não chega aos cinco  anos apesar de já ser docente há oito. 

"Acho uma prova injusta. Veio discriminar os professores", disse, sublinhando  que ainda não percebeu quais os critérios para a sua realização. 

Empunhando vários cartazes, como "Juntos contra a Prova", "Todos os  Professores, Todos Iguais", e "Quem não tem os requisitos mínimos são os  governantes. Já o provaram, estão chumbados", os professores gritam "Crato  Rua, a Escola não é tua", "demissão" e "mais um empurrão e o Crato vai ao  chão". 

Alguns professores exibem ainda bandeiras negras e também dos sindicatos  a que pertencem. Outros estão vestidos com a capa negra de estudantes que,  segundo dizem, representa a habilitação superior que possuem para ensinar.

Cerca de uma centena de professores pretendia  entrar para as galerias da Assembleia da República, mas o acesso foi-lhes vedado.

Com Lusa