Os investigadores, que se encontravam no edifício da reitoria da Universidade de Aveiro, empunhavam papéis com palavras de ordem como "Pela ciência com qualidade e dignidade", "Ciência e inovação levam país à evolução" e "Ciência precária, fuga de cérebros diária".
À chegada de Pedro Passos Coelho à Universidade de Aveiro, os manifestantes gritaram "não aos cortes na ciência".
Eduarda Silva, investigadora no Departamento de Química da Universidade de Aveiro e da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), que esteve no protesto, disse à Lusa que "o que está a acontecer é "um despedimento camuflado" porque os concursos lançados não têm vagas suficientes.
"O governo decidiu no ano passado iniciar a contratação de investigadores através do concurso de investigador da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e, na realidade, o que está a acontecer é o despedimento camuflado dos investigadores em Portugal. Estes concursos não chegam de maneira nenhuma para o número de investigadores que estão neste momento a trabalhar no sistema e sabe-se já que vai haver um corte de cerca de 75 % do número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento a atribuir este ano, o que demonstra o desinvestimento e falta de política para a investigação deste governo", disse.
O primeiro-ministro deslocou-se à Universidade de Aveiro para assistir à cerimónia de doutoramento Honoris Causa do diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli Filho, e do presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, na Universidade de Aveiro.
Lusa