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ARS de Lisboa solicitou dados aos hospitais sobre tempos de espera nas urgências

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) solicitou às administrações hospitalares informações sobre os tempos de espera para atendimento nas urgências e disse que até ao momento não teve conhecimento "oficial" de dificuldades.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARSLVT, Luís Cunha Ribeiro,  disse que "até ao momento está tudo a funcionar normalmente" e que já há  algum tempo solicitou informações às direções dos hospitais sobre os tempos  de espera e a resposta à procura. 

"Funciono com números e não com bocas" disse Luís Cunha Ribeiro, garantindo  que, até ao momento, não há indicações de situações anormais ao nível do  tempo de espera. 

Questionado sobre notícias que dão conta de tempos de espera na ordem  das 20 horas em alguns hospitais da região da ARSLVT, Cunha Ribeiro alegou  que tem conhecimento de, pelo menos, uma instituição -- o Centro Hospitalar  de Lisboa Norte -- em que está "tudo normal". 

Sobre outras instituições com situações mais complexas, como o Hospital  Amadora-Sintra, que está com a direção das urgências demissionária, ou o  Garcia de Orta, em Almada, com elevados tempos de espera, Luis Cunha Ribeiro  alegou desconhecer oficialmente qualquer complicação. 

"Só funciono com dados oficiais", acrescentou. 

Na segunda-feira à noite soube-se que a direção das urgências do Amadora-Sintra  pediu a demissão, uma situação que se manteve apesar do reforço por parte  da administração do hospital das equipas de urgência com mais seis médicos.

Também na segunda-feira, o Ministério da Saúde informou que, "contrariamente  ao noticiado, não há roturas nos serviços de urgência do Serviço Nacional  de Saúde (SNS), embora haja, como ocorre sempre, naturalmente, nesta época  do ano, aumentos dos tempos de espera nas gravidades verdes e amarelas".

O Ministério da Saúde anunciou ainda que os casos de longos tempos de  espera em unidades de saúde, noticiados pela comunicação social, irão ser  "confirmados". 

"Se a procura persistir, serão tratados com medidas apropriadas e que  são adotadas todos os anos". 

Contactada pela Lusa, fonte da Linha Saude 24 disse que durante o dia  de segunda-feira este serviço público de triagem recebeu mais uma centena  de chamadas do que a média diária (2.000).