País

Seguro confronta Passos sobre poupanças do Estado

O secretário-geral do PS exigiu hoje ao primeiro-ministro que especifique o montante perdoado em juros no programa de regularização de dívidas e criticou o Governo por poupar à custa das contribuições dos funcionários públicos para a ADSE.  

O secretário-geral do PS e líder da oposição, António José Seguro, a discursar no debate quinzenal na Assembleia da República (Lusa)
ANDRÉ KOSTERS

A medida do Orçamento Retificativo para 2014 quer aumenta as contribuições  dos funcionários públicos para a ADSE e o programa de regularização de dívidas  ao Estado do final do ano passado foram dois dos temas colocados por António  José Seguro no debate quinzenal parlamentar com a presença de Pedro Passos  Coelho. 

O primeiro-ministro disse a António José Seguro que o Ministério das  Finanças poderá em breve disponibilizar informação exata sobre os juros  envolvidos no programa de regularização de dívidas, assim como o montante  que se encontra em contencioso na justiça. 

Passos Coelho, no entanto, salientou que o programa de regularização  de dívidas "não serão banalizado" e que as receitas obtidas pelo Estado  ficaram 80 por cento acima do estimado. 

O líder socialista não ficou satisfeito com a resposta de Pedro Passos  Coelho e frisou que essas questões sobre juros e montante em contencioso  foram já formuladas na semana passada pelo PS, mas que até hoje ainda não  houve qualquer resposta do Ministério das Finanças. 

PS colaborou com Governo sobre fundos europeus, diz Passos

"Quero aqui destacar também em particular a forma responsável como o  PS se envolveu neste processo, e afirmar publicamente o meu reconhecimento  por todas as sugestões que apresentou relativamente ao acordo de parceria  que foi possível ontem (quinta-feira) apresentar na Comissão Europeia",  declarou Pedro Passos Coelho, na abertura do debate quinzenal, na Assembleia  da República.  

"Creio que é um sinal de maturidade da nossa sociedade política democrática que o Governo e maior partido da oposição, apesar das divergências que possam ter, tenham podido colaborar de forma tão próxima relativamente a um instrumento  que é estratégico para o futuro do país e que visará a forma como todos  os investimentos e apoios destinados à economia portuguesa e financiados  por fundos europeus se irão desenvolver nos próximos sete anos, muito para  além, portanto, do horizonte de vida do atual Governo", acrescentou o chefe  do executivo PSD/CDS-PP. 

      Com Lusa