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Francisco Assis pede vitória do PS contra austeridade "patológica" do Governo 

O cabeça de lista do PS às eleições europeias,  Francisco Assis, reclamou hoje uma vitória do PS e dos socialistas nos diversos  países para enfrentar a direita "liberal e conservadora" e a austeridade  "patológica" do Governo português. 

Lusa
MIGUEL A. LOPES

"Uma vitória da direita em Portugal e na Europa significaria a manutenção  destas mesmas políticas", disse Francisco Assis, que falava em Lisboa numa  sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", organizada pelo PS. 

O cabeça de lista diz que é necessária uma "maioria da esquerda democrática  no Parlamento Europeu" que introduza "uma mudança na vida europeia". Para além das observações sobre a Europa, o socialista foi também crítico  na sua intervenção para com a atuação do Governo que, diz, "por opção própria",  seguiu nos últimos três anos "por uma via de austeridade radical e até mesmo  patológica". 

"O país está mais pobre, a nossa economia está mais débil, a nossa sociedade  está mais desigual, as perspetivas para os jovens são cada vez piores, os  idosos veem-se confrontados, numa fase final das suas vidas, com uma sensação  de risco como não havia memória no nosso percurso coletivo recente", analisou  Francisco Assis.  

Para o deputado do PS e candidato agora ao hemiciclo de Bruxelas e Estrasburgo,  Portugal está hoje" muito pior" do que estava em 2011. "O país perdeu esperança, confiança e olha hoje com distância para as  instituições e o próprio projeto europeu. Este é o balanço desta política",  advertiu. 

A nível interno, o PS, diz Assis, "faz bem em não ceder aos apelos para  entendimentos" que seriam concretizados sobre "os escombros dos princípios  políticos e ideológicos mais profundos" dos socialistas. "Não nos peçam para que sejamos cúmplices do processo de destruição  de um modelo de sociedade que nós próprios contribuímos para idealizar",  sublinhou. 

O debate eleitoral para as europeias, reconheceu ainda Francisco Assis,  vai ser "duro" no "bom sentido da palavra", havendo a obrigação dos partidos  falarem "claro" aos portugueses. 

Os partidos da direita, acredita contudo o candidato, vão "fazer tudo"  para derrotar a esquerda e vão "recorrer mais uma vez à propaganda mais  primária visando enganar de novo os portugueses". 

As eleições para o Parlamento Europeu decorrem em Portugal a 25 de maio.

 

     

Lusa