Em declarações à agência Lusa, Paulo Rangel disse que o secretário-geral do PS, António José Seguro, "continua a ser alguém que se contradiz e que é hesitante porque quando é interpelado para explicar se repõe ou se não repõe os salários, as pensões e os subsídios, nada diz" e não esclarece se subscreve ou não as declarações do assessor Óscar Gaspar.
"A primeira coisa que é preciso exigir a Francisco Assis é que ele venha dizer com que PS é que está. Se está com o PS que diz que quer ter uma posição responsável e que, por isso, não vai repor os salários nem as pensões; ou se está com o PS de António José Seguro, que diz que vai repor tudo e mais alguma coisa", vincou.
Na opinião do eurodeputado social-democrata, "Francisco Assis, enquanto cabeça-de-lista às eleições europeias, tem que explicar qual é a posição do PS", já que em Portugal "reina a maior das confusões a propósito do PS".
"Ao menos que nos responda Francisco Assis, porque António José Seguro não consegue responder. O que ele faz é remeter para declarações que fez, mas nós não sabemos que declarações são essas, porque na prática ele dá uma no cravo e outra na ferradura", criticou.
Rangel considerou que este esclarecimento "é importante" porque se criou "a dúvida sobre o PS".
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS às europeias acusou ainda os socialistas de estarem "a fazer uma manobra eleitoral".
"O PS está numa contradição insanável, para usar uma expressão que é cara ao PS. Há aqui uma contradição clara e isto é um indício muito evidente de que há aqui eleitoralismo, um oportunismo de António José Seguro", acusou.
Hoje, em Vila Real, Francisco Assis considerou ser "sensata" a declaração de Óscar Gaspar, conselheiro económico de António José Seguro, que disse que "não é possível voltar a repor os rendimentos dos portugueses ao nível de 2011".
"O PS, contrariamente ao que o PSD fez nas últimas eleições, em que prometeu mundos e fundos, não vai fazer agora promessas irresponsáveis e não vai dizer que, no dia seguinte às eleições, vai repor tudo tal e qual estava há uns anos atrás", afirmou o socialista à agência Lusa.
Lusa