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Passos diz que "repor tudo" seria "regredir" a situação que levou à ajuda externa 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu  hoje que o país tem que crescer "a partir do novo patamar de equilíbrio"  adquirido desde 2011, argumentando que "repor tudo" seria "regredir" para  níveis que obrigaram à ajuda externa. 

(Lusa)
MIGUEL A. LOPES

"Se a ideia daqueles que acham que precisamos de ter equilíbrio sem  ter medidas e repor tudo o que estava em 2011, se concretizasse, o que aconteceria  era que regressaríamos a 2011", afirmou Passos Coelho. 

O primeiro-ministro falava no debate quinzenal com o Governo na Assembleia  da República, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.

"Custa muito à oposição compreender que uma coisa é crescer a partir  do patamar que conseguimos conquistar de novo equilíbrio - crescer na economia,  crescer nos rendimentos, crescer nos salários, crescer nas pensões -, a  partir do novo patamar de equilíbrio que alcançámos, ou ter que regredir  para níveis de 2011", afirmou. 

O chefe do executivo defendeu que foram esses níveis que obrigaram país  a ter a recorrer ao "auxílio externo". 

Passos reiterou ainda a ideia segundo a qual "a redução do défice e  o equilíbrio não são um fetiche" para o Governo mas "objetivos instrumentais"  para "sair da crise e ter investimento". 

"Os anos que temos à nossa frente são anos de grande exigência, não  são anos de facilidade. Claro que isto é um bocadinho desconcertante para  quem com muita frequência acusa o Governo de só andar em campanha eleitoral",  disse. 

"Como nós não andamos em campa eleitoral a prometer aumentar tudo, a  prometer repor tudo, baixar impostos, e por aí fora, como não andamos nessa  campanha, há um certo desconcerto. Não sabe a oposição quando acusa o Governo  de amar a austeridade ou quando acusa o Governo de afinal estar a prometer  para as eleições mundos e fundos", afirmou. 

 

Lusa