"Se a ideia daqueles que acham que precisamos de ter equilíbrio sem ter medidas e repor tudo o que estava em 2011, se concretizasse, o que aconteceria era que regressaríamos a 2011", afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro falava no debate quinzenal com o Governo na Assembleia da República, em resposta ao líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.
"Custa muito à oposição compreender que uma coisa é crescer a partir do patamar que conseguimos conquistar de novo equilíbrio - crescer na economia, crescer nos rendimentos, crescer nos salários, crescer nas pensões -, a partir do novo patamar de equilíbrio que alcançámos, ou ter que regredir para níveis de 2011", afirmou.
O chefe do executivo defendeu que foram esses níveis que obrigaram país a ter a recorrer ao "auxílio externo".
Passos reiterou ainda a ideia segundo a qual "a redução do défice e o equilíbrio não são um fetiche" para o Governo mas "objetivos instrumentais" para "sair da crise e ter investimento".
"Os anos que temos à nossa frente são anos de grande exigência, não são anos de facilidade. Claro que isto é um bocadinho desconcertante para quem com muita frequência acusa o Governo de só andar em campanha eleitoral", disse.
"Como nós não andamos em campa eleitoral a prometer aumentar tudo, a prometer repor tudo, baixar impostos, e por aí fora, como não andamos nessa campanha, há um certo desconcerto. Não sabe a oposição quando acusa o Governo de amar a austeridade ou quando acusa o Governo de afinal estar a prometer para as eleições mundos e fundos", afirmou.
Lusa