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Governo reúne-se em Conselho de Ministros alargado no Palácio da Ajuda

O Conselho de Ministros reúne-se hoje no Palácio da Ajuda, reunião que será depois alargada a todo o Governo e que tem por objetivo fazer o balanço dos três anos do plano de ajustamento.

Jorge Oliveira /Arquivo SIC

De acordo com uma nota enviada pelo executivo PSD/CDS-PP, o Conselho  de Ministros reúne-se a partir das 08:30, no Palácio Nacional da Ajuda,  seguindo-se uma reunião alargada do Governo (incluindo os secretários de  Estado), às 11:00, que será aberta à comunicação social.  

Nesse período, de acordo com fonte do executivo, haverá discursos da  ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, do vice-primeiro-ministro,  Paulo Portas, e do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos  Moedas. 

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou no domingo que Portugal  vai sair do atual programa de resgate financeiro sem recorrer a qualquer  programa cautelar. 

"Depois de uma profunda ponderação de todos os prós e contras, concluímos  que esta é a escolha certa na altura certa. É a escolha que defende mais  eficazmente os interesses de Portugal e dos portugueses e que melhor corresponde  às suas justas expectativas", afirmou Pedro Passos Coelho, numa declaração  ao país, feita a partir da sua residência oficial, em São Bento, Lisboa,  após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. 

O chefe do Governo justificou então que o país pode dispensar um programa  cautelar porque a estratégia de regresso aos mercados e a consolidação orçamental  foram bem-sucedidas e o país recuperou credibilidade externa, salientando  que Portugal tem "reservas financeiras para um ano" e "excedentes externos  como não acontecia há décadas". 

O memorando de entendimento que permitiu um empréstimo a Portugal de  78 mil milhões de euros foi assinado em maio de 2011 entre o anterior governo,  do PS, e o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco  Central Europeu. 

Com a condição da redução do défice e do equilíbrio das contas públicas,  o cumprimento do programa, cuja conclusão o Governo aponta para 17 de maio,  implicou três anos de medidas de austeridade, entre as quais o corte de  remunerações, subsídios e pensões de reforma.