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Governo aceita proposta da CGTP para discutir salário mínimo de forma "autónoma" a 29 de maio

O secretário-geral da CGTP afirmou hoje que o Governo aceitou a proposta da Intersindical sobre a necessidade de discutir o aumento do salário mínimo "de forma autónoma", numa reunião com data prevista para 29 de maio

Esta reunião "serviu para confirmar que aquilo que está a ser proposto  faz das relações do trabalho uma selva. Não encontrámos da parte do ministro  contra-argumentação. É preciso travar estas propostas", frisou o sindicalista.
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

"O Governo aceita a posição da CGTP relativamente à necessidade de discutir  urgentemente o aumento do salário mínimo nacional de forma autónoma. Falámos  sobre o assunto (com o ministro Mota Soares) e está prevista para o dia  29 de maio uma reunião específica da concertação social para discutir esta  matéria", revelou Arménio Carlos à Agência Lusa. 

O líder da CGTP, que falava no final de um encontro com o Ministro da  Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, que decorreu  no Ministério da tutela, disse ter reforçado junto do governante a necessidade  de aumentar o salário mínimo para os 515 euros a partir de 01 de junho.

"Entendemos que 29 de maio deve ser um dia para discutir a atualização  do salário mínimo nacional e não, que o dia 29 de maio seja mais uma reunião  para discutirmos generalidades sem consequências. Queremos que se verifiquem  resultados dessa reunião", sustentou Arménio Carlos. 

No encontro, que se realizou a pedido desta central sindical, foram também debatidas questões relacionadas com a evolução da contratação coletiva  e a publicação de portarias de extensão. 

Relativamente à contratação coletiva, que está atualmente em discussão  entre o Governo e os parceiros sociais, o dirigente sindical disse ter confirmado,  neste encontro com o governante, que "esta proposta da revisão da contratação  coletiva com vista à sua caducidade é uma proposta sem qualquer sentido  e não está devidamente fundamentada para poder avançar." 

Esta reunião "serviu para confirmar que aquilo que está a ser proposto  faz das relações do trabalho uma selva. Não encontrámos da parte do ministro  contra-argumentação. É preciso travar estas propostas", frisou o sindicalista.

Uma delegação da CGTP-IN, chefiada pelo secretário-geral, Arménio Carlos, foi recebida esta tarde pelo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança  Social, Pedro Mota Soares.  

O financiamento da Autoridade para as Condições do Trabalho e consequências  para o cumprimento da sua missão, o Fundo de Garantia Salarial e a sua capacidade  para responder de forma adequada e atempada às necessidades dos trabalhadores,  a utilização de abusiva dos contratos de emprego e inserção foram também  abordados no encontro. 

 Lusa