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Gonçalo Amaral dispensa advogado no julgamento

Gonçalo Amaral entregou hoje, na 1. Vara do  Tribunal Cível de Lisboa, uma revogação da procuração do seu advogado, o  que atrasou o início do julgamento do processo de difamação interposto pelo  casal McCann ao ex-inspetor da PJ. 

O livro "A Verdade da Mentira" foi retirado do mercado em 2009 / Reuters
© Hugo Correia / Reuters

A juiza do julgamento cível está agora a analisar se o julgamento deverá  prosseguir ou ser adiado, disse à Lusa fonte do tribunal. 

Para a advogada do casal McCann, Isabel Duarte, deve ser encontrada  uma solução que permita que o julgamento se realize, uma vez que os pais  da criança inglesa Madeleine McCann se deslocaram de propósito de Inglaterra  para a audiência de hoje. 

Em causa está o julgamento do processo em que os pais de Madeleine McCann  pedem uma indemnização de 1,2 milhões de euros, por difamação, ao ex-inspetor  da PJ Gonçalo Amaral. 

Os pais da criança inglesa que desapareceu num aldeamento turístico  da Praia da Luz, no Algarve, em maio de 2007, poderão prestar declarações  na sessão de julgamento de hoje. 

As audiências do julgamento encontravam-se suspensas desde outubro do  ano passado, para que o casal McCann chegassem a acordo extrajudicial com  Gonçalo Amaral. 

Como não existiu um acordo, num caso que motivou já o pedido de arresto  de bens a Gonçalo Amaral como medida cautelar, foi marcado o reatamento  das sessões. 

Nesta ação, o casal McCann, que considera que foram violados direitos,  liberdades e garantias da família, pede uma indemnização de 1,2 milhões  de euros ao inspetor da PJ que investigou o desaparecimento de Madeleine,  ocorrido a 03 de maio de 2007. 

No livro "Maddie: A Verdade da Mentira", da autoria de Gonçalo Amaral,  o ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária  de Portimão defende o suposto envolvimento de Kate e Gerry McCann, no desaparecimento  da criança e na ocultação de cadáver.