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Mais de um terço dos alunos do secundário chumbaram em 2012-2013

Quase 20% dos alunos matriculados nos anos terminais do ensino básico regular, em 2012-2013, chumbaram o ano, acontecendo o mesmo a cerca de 35% dos alunos do 12º ano da vertente científica-humanística e dos cursos profissionais, segundo dados oficiais.

Reuters

Os números constam do relatório de estatísticas da Educação 2012-2013,  hoje divulgado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). 

Na parte do relatório dedicada apenas aos jovens - englobando os níveis  de ensino desde o pré-escolar até ao ensino secundário - verifica-se que o ensino privado regista menos chumbos do que o ensino público, em termos  percentuais. 

De acordo com os dados do MEC, e sem distinções entre escola pública  ou ensino privado, 82,2% dos alunos matriculados em 2012-2013, no 4º ano,  6º ano ou no 9º ano do ensino básico regular, transitou de ano. Esta taxa  de conclusão é relativamente homogénea em todo o território nacional, com  a Região Autónoma da Madeira a ser a exceção, com uma taxa de conclusão  mais baixa, de 72,1%. 

A taxa de conclusão no ensino básico entre os alunos matriculados em cursos profissionais é de 94,4%. 

É no ensino secundário que se acentuam as dificuldades em concluir o  percurso escolar: apenas 64,4% dos alunos do 12. ano, matriculados em 2012-2013,  nos cursos científicos e humanísticos, transitou de ano. 

Nas restantes vertentes do ensino secundário, as taxas de conclusão  são de 71,7% para os alunos inscritos nos cursos tecnológicos (67,5% em  2011-2012), de 74,5% no ensino artístico especializado (74,7% em 2011-2012),  e de 66,9% nos cursos profissionais, ligeiramente abaixo dos 68,8% registados  no ano anterior. 

As taxas de conclusão no ensino público são bastante próximas das taxas  gerais, evidenciando-se, no entanto, que as mulheres obtêm quase sempre  melhores resultados do que os homens, com taxas de conclusão que chegam  a ser quase 20% superiores, como acontece nos cursos profissionais do ensino  secundário. 

No ensino privado, as taxas de conclusão ultrapassam os 90% no ensino  básico, e aproximam-se bastante dos 100%, quando a análise incide apenas  no ensino privado completamente independente do Estado. 

No ensino secundário, a taxa de conclusão está, regra geral, cerca de 20% acima do ensino público, havendo também aqui melhores resultados registados  pelas mulheres do que pelos homens. 

O privado consegue também melhores taxas de conclusão no ensino secundário,  quando não tem qualquer influência do Estado.

Lusa