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Carlos Moedas: de negociador com a troika a comissário em Bruxelas

Carlos Moedas, atual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, foi hoje anunciado como o nome escolhido por Pedro Passos Coelho para representar Portugal na Comissão Europeia, integrando a equipa de Jean Claude Juncker.

Carlos Moedas (Reuters(Arquivo)
© Rafael Marchante / Reuters

Há três anos a ocupar o cargo, Carlos Moedas foi um dos protagonistas  nas negociações com os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI),  Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia ('troika'). 

Em vésperas de completar 44 anos, a 10 de agosto, Carlos Moedas nasceu  em Beja e licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico  em 1993, fez o último ano do curso na École Nationale des Ponts et Chaussées  de Paris e trabalhou até 1998 na área de engenharia para o grupo Suez Lyonnaise  des Eaux, em França. 

No seu percurso profissional, o novo comissário europeu integrou a equipa  do banco de investimento Goldman Sachs - na mesma altura em que António  Borges trabalhou na instituição -, na área de fusões e aquisições, e foi  gestor de projetos para o grupo Suez, em França, entre 1993 e 1998. 

Trabalhou no Eurohypo Investment Bank e dirigiu a consultora imobiliária  Aguirre Newman quando regressou a Portugal, em agosto de 2004, onde foi  administrador delegado até novembro de 2008, altura em que criou a empresa  de gestão de investimentos Crimson Investment Management. 

Coordenador do setor económico do Gabinete de Estudos do PSD, Carlos  Moedas foi cabeça de lista por Beja nas últimas legislativas, tendo sido  eleito, passando o PSD a ter um deputado por aquele distrito pela primeira  vez desde 1995. 

Carlos Moedas fez parte da equipa social-democrata que negociou a aprovação  do Orçamento do Estado para 2011, ao lado de Eduardo Catroga.