País

Passos diz não ter motivos para demitir a ministra da Justiça

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, mostrou-se hoje confiante que a situação do sistema judicial irá "normalizar  progressivamente", considerando não ter motivos para demitir a ministra  Paula Teixeira da Cruz. 

(Lusa)
NUNO ANDRÉ FERREIRA

"Não vejo nenhuma razão para substituir a senhora ministra da Justiça,  a quem o Governo e o país deve uma reforma extraordinária que tem vindo a ser feita e que muitos governos não tiveram coragem de fazer", afirmou  aos jornalistas, em Sernancelhe. 

O governante frisou que está a ser feita uma "grande reforma", da qual  o novo mapa judiciário é a fase "fisicamente mais visível". 

"Tendo a amplitude que tem é muito natural que possam ocorrer pequenas  deficiências e pequenos atrasos. Não há nenhuma grande reforma que se possa  fazer sem nenhum elemento de surpresa ou de afinação que precise de ser  feita", considerou, acrescentando que quer ele, quer a ministra, teriam  preferido que "a base informática tivesse podido responder imediatamente  a todas estas alterações". 

Passos Coelho admitiu que "houve deficiências que foram assinaladas"  mas que, no entanto, "não punham em causa o arranque do mapa judiciário  com a plataforma informática (Citius)".  

"Houve aqui de facto algumas coisas que não foram antecipadas e de que  a senhora ministra da Justiça ou eu próprio não lavamos as mãos. Nós assumimos  a responsabilidade", sublinhou. 

Segundo o primeiro-ministro, "haverá condições para que os novos processos  possam começar a ser tramitados no Citius a partir da próxima semana e que  progressivamente nas próximas semanas, comarca a comarca", os problemas  sejam ultrapassados. 

Passos Coelho considerou importante esclarecer os portugueses que "a  justiça está a funcionar, os tribunais estão a funcionar". 

"Ninguém ficará impedido de aceder à justiça ou verá prescrito o seu  processo por causa destes problemas que estão relacionados com a implementação  do nosso mapa judiciário", garantiu.

Lusa