Em causa está um erro na "harmonização de escalas" na fórmula matemática usada para calcular a classificação dos professores nas listas de colocação nas escolas (Bolsa de Contratação de Escolas -- BCE), criado este ano para dar resposta às necessidades das escolas com contrato de autonomia e escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária).
Os erros levaram o ministro da Educação a pedir desculpa, no Parlamento, na semana passada. Hoje, em conferência de imprensa, as organizações sindicais, representadas por Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), disseram que perante a ausência de soluções "a responsabilidade política já não está" no ministro mas onde ele se comprometeu em resolver o problema, que foi no Parlamento.
A Assembleia da República "tem capacidade para fazer uma medida legal que resolva o problema", e os sindicatos até sugerem uma solução para a colocação dos docentes em falta, usando "a reserva de recrutamento que existe", disse Mário Nogueira.
Porque do Ministério da Educação, acrescentou, os professores já nada esperam. Porque o ministro prometeu resolver o problema na segunda-feira e ainda não o fez. Porque os sindicatos desde terça-feira que estão a pedir reuniões a Nuno Crato, sem resposta, e agora do Ministério "nem os telefones atendem". É Mário Nogueira quem o diz, acrescentando: "já nem vale a pena ir ao Ministério".
Lusa