Bolhão reabilitado custa 20 milhões
A Câmara do Porto anunciou hoje que vai requalificar o Mercado do Bolhão, no Porto, numa operação de 20 milhões de euros que permite aos atuais comerciantes regressarem e vai deixar o espaço "meses e meses" em obras. Na apresentação feita no edifício, com uma plateia de convidados e comerciantes, o presidente da autarquia, Rui Moreira, pouco mais adiantou em relação a prazos, apontando apenas o lançamento do concurso da empreitada para "depois do verão" e garantindo não "atropelar qualquer data em função de conveniências políticas, eleitorais ou pessoais". Moreira não quis confirmar se tal implica ter o mercado em obras durante as próximas autárquicas, em 2017, mas garantiu que todos os comerciantes atualmente no mercado podem voltar quando este estiver dotado de aquecimento artificial para o inverno, de coberturas no piso inferior, acesso direto ao metro e cave técnica com acesso para cargas e descargas a partir da rua Alexandre Braga. E se um mecenas de um supermercado quisesse financiar o Bolhão e instalar-se no espaço? "Instalar um supermercado aqui? Não cabe", respondeu o autarca. Relativamente a prazos, Moreira insistiu em não adiantar nada, nem relativamente à altura em que os atuais comerciantes terão de abandonar o edifício para se deslocarem para um mercado transitório. Quanto à hipótese de as obras ainda estarem em curso nas próximas autárquicas, Moreira considerou que a questão "não é relevante", até porque, como já fez nas eleições de 2013, não tenciona passar pelo Mercado. O autarca falava durante o discurso oficial de apresentação da "Projeto do Mercado do Bolhão", que contou com a presença de todo o executivo, nomeadamente o vereador do Urbanismo, o arquiteto Manuel Correia Fernandes eleito pelo PS, que Moreira chegou a desautorizar durante a gestão deste processo, e Manuel Pizarro, primeiro vereador socialista com quem o independente assinou um acordo pós-eleitoral. (Fotos Lusa)

