"Não tenho essa informação. Não uso informações de processos que estão em segredo de justiça. Não tenho informação da parte da única entidade que pode falar pelo Ministério Público, que é a Procuradoria-Geral da República", disse à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa, que hoje termina uma visita de dois dias à Tunísia.
"Não tenho nenhum comentário a fazer. Recordo que vigora, no nosso ordenamento constitucional, e bem, o princípio da separação de poderes e da independência do poder judicial", acrescentou.
Questionado sobre se esta operação poderá afetar as relações entre Lisboa e Luanda, Santos Silva afirmou: "Não sei responder a essa pergunta, porque não tenho nenhuma informação que eu possa considerar como credível sobre eventuais indiciados seja em que processo for".
O vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, está indiciado de corrupção ativa na mesma operação que levou à detenção, na terça-feira, do procurador Orlando Figueira, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
A mesma fonte indicou que o Ministério Público indiciou Manuel Vicente e o advogado português Paulo Blanco do crime de corrupção ativa em coautoria.
Fontes próximas do executivo angolano, contactadas pela Lusa, recusaram até agora fazer qualquer comentário a esta investigação em Portugal.
Lusa