País

ÚLTIMA HORA

Manuel Damásio proibido de contactar arguidos da Operação "Rota do Atlântico"

O antigo presidente do Benfica Manuel Damásio ficou hoje sob termo de identidade e residência e proibido de contactar com outros arguidos no âmbito da Operação Rota do Atlântico, disse hoje o seu advogado de defesa, Nobre Correia.

Damásio está "indiciado por factos susceptíveis de integrarem os crimes de branqueamento e tráfico de influência", num inquérito em que se investigam "suspeitas da prática de corrupção no comércio internacional e fraude fiscal".

Manuel Damásio foi hoje ouvido pelo Tribunal Central de Instrução Criminal durante mais de sete horas e saiu cerca das 22:40, acompanhado pelo seu advogado.

Manuel Damásio, 75 anos, hoje detido pela Polícia Judiciária (PJ), é suspeito no processo Operação Rota do Atlântico da prática dos crimes de branqueamento de capitais e tráfico de influências, disse à agência Lusa fonte policial.

Em comunicado, a PJ precisou que a detenção ocorreu no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), e decorre de uma investigação iniciada em finais de 2014, que deu origem à operação Rota do Atlântico.

O empresário de futebol José Veiga e o advogado Paulo Santana Lopes são dois dos outros arguidos na operação Rota do Atlântico, que se encontram detidos desde 08 de fevereiro.

José Veiga está em prisão preventiva e Paulo Santana Lopes em prisão domiciliária.

O processo tem ainda como arguida a advogada Maria Barbosa, que se encontra com termo de identidade e residência e, tal como os anteriores dois arguidos, proibida de contacto entre eles.

A 08 de fevereiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um comunicado, no qual referia que o inquérito relativo à Rota do Atlântico tinha nove arguidos: quatro pessoas singulares e cinco pessoas coletivas (empresas ou instituições)

Em causa, nesta investigação, adiantava a PGR, estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência.

Lusa