Entendem os juízes-conselheiros que o acordão que condenou a inspectora choca com a matéria dos factos apresentados, vícios que só podem ser corrigidos se o processo voltar a ser julgado.
Ana Saltão foi absolvida por um tribunal de juri em 2014, mas depois de um recurso do Ministerio Público para o Tribunal da Relação, a inspectora acabou condenada a 17 anos de prisão pelo homicido da avó do marido.
A arguida decidiu recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça e, nas alegações finais, a própria procuradora do Ministério Público pediu a absolvição, admitindo que existem demasiadas contradições na investigação, não sendo por isso, possível condenar a arguida.