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Taxistas desmobilizaram mas prometem novo protesto

Foi só depois das 2:30 da madrugada, após mais de uma hora de insistência dos presidentes das associações do setor, que os taxistas aceitaram desmobilizar da Rotunda do Relógio, em Lisboa, onde estavam concentrada desde ontem de manhã. Eram muitos os que queriam ficar e resistir à intervenção da polícia.

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Cerca das 2:20, Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), alertou o taxistas que ainda permaneciam no protesto na rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, de que a PSP o avisou de que iria começar a bloquear e a rebocar as viaturas que ali se mantivessem.

Após este aviso, e depois de explicar que o bloqueamento e que o reboque teria custos legais, bem como uma comparência em tribunal ainda hoje, Florêncio Almeida aconselhou os taxistas a mudarem o protesto para a próxima segunda-feira, a partir das 8:00.

O presidente da Federação dos Táxis, Carlos Ramos, afirmou que há mais dias para além de hoje, sublinhando que era preciso as pessoas perceberem que "vai ser possível envolver" um partido político (que já se disponibilizou), bem como o Presidente da República e as autarquias, defendendo uma "discussão aprofundada" sobre o assunto, porque estão a "lutar contra um gigante".

A marcha lenta começou na segunda-feira no Parque das Nações, em Lisboa, e deveria seguir até à Assembleia da República, mas não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos entre os manifestantes e a polícia. Três pessoas foram detidas.

Durante o dia, os representantes do sector reuniram-se por duas vezes com o Governo, mas sem que as suas pretensões fossem atendidas.

O protesto visa lutar contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify.

Com Lusa