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Ministério Público já tem relatórios finais das autópsias aos militares dos comandos

O Instituto de Medicina Legal de Lisboa já enviou os relatórios finais das autópsias aos dois militares mortos no treino dos Comandos para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e para o Ministério Público de Benavente, onde decorrem as investigações.

Estes exames finais são cruciais para o Ministério Público vir a constituir ou não mais arguidos no processo que investiga as circunstâncias das mortes de Hugo Abreu e Dylan Silva.

O Instituto de Medicina Legal enviou um dos relatórios - o que diz respeito a Hugo Abreu - para a comarca de Santarém, por ter sido nesse distrito que o militar foi autopsiado, na sequência dos treinos em Alcochete. Mas é em Lisboa que a duas mortes estão a ser investigadas, nomeadamente no Departamento de Investigação e Ação Penal, que juntou os dois casos num só processo.

Fonte do Instituto de Medicinal Legal diz que se limitou a enviar o documento a quem o pediu, não tendo indicação que o destinatário seria o DIAP de Lisboa.

Apenas o relatório de autópsia referente a Dylan Silva foi enviado para a procuradora Cândida Vilar esta sexta-feira.

O Instituto de Medicina Legal diz que os exames foram realizados depressa e bem, com a rapidez pedida tanto pelo Ministério Público como pela Polícia Judiciária Militar.

O inquérito que investiga as mortes do curso 127 do Regimento de Comandos contam desde segunda-feira com dois arguidos: os enfermeiros militares que prestaram auxílio em alcochete, no dia em que Hugo Abreu e Dylan Silva se sentiram mal.

O sargento dos comandos e a furriel do Exército são suspeitos da prática de crimes de omissão de auxílio.

O processo investiga ainda suspeitas de abuso de autoridade por ofensa à integridade física. Até agora já foram ouvidas mais de 100 testemunhas: todos os instruendos, alguns instrutores, a equipa de saúde, os médicos do inem
e o pessoal de apoio à prova.

Atualizado às 13:01