País

Manuais escolares têm de ser pensados para reutilização

O Ministério da Educação não vai penalizar quem devolva os manuais escolares distribuídos este ano que não estejam em condições de serem reutilizados. Mas sublinha que, de futuro, os livros têm de ser pensados para mais do que uma utilização.

Loading...

Quando as aulas começaram e quando os primeiros manuais foram distribuídos aos alunos, numa nota enviada às escolas o Ministério da Educaçao apelava a uma sensibilizaçao para a reutilização dos manuais escolares.

Mas o Ministério admite que a taxa de reutilização de manuais escolares já distribuídos não será "muito significativa", tendo em conta a idade das crianças. Contuddo, de futuro o objetivo é fazer da reutilização palavra chave.

Para o Governo, "o que está em causa é a promoção de uma cultura de responsabilização relativamente ao manual ". Em nota enviada à SIC, o Ministério refere desde 2006 que a lei prevê que "todos os manuais têm de ser passíveis de reutilização" e que são concebidos nesse pressuposto, "não podendo os manuais do 1.º ciclo constituir exceção".

O Ministério da Educaçao refere que está neste momento a clarificar esta questão,
tendo em conta que o acordo oficial é que os manuais escolares oferecidos e os que vão ser no próximo ano lectivo a todos os alunos do 1.º ciclo sejam devolvidos no final, precisamente para serem reutilizados

As dúvidas de pais e docentes prendem-se com o facto de que os manuais exigem que sejam escritos, desenhados, pintados ou colados nas atividades escolares.

O Ministério admite que pelo menos este ano não haverá penalizaçoes para as familias que não devolvam os manuais ou os entreguem escritos e desenhados, mas insiste na ideia de que os alunos devem ser familiarizados com o conceito de que os livros vão ser usados depois por outras crianças.

Até ao final do ano, o grupo de trabalho constituido pelo Ministério vai definir as regras de utilização, entrega e reutilização dos manuais escolares. Este grupo vai também definir
como é no futuro os manuais vão ser feitos precisamente a pensar na reulização.

Este ano , os livros para o 1.º ano do 1.º ciclo custaram ao Estado três milhões de euros. Calcula-se que no próximo ano letivo, os livros gratuitos para todo o 1º ciclo custem cerca de 14 milhões de euros.

O Governo assumiu que até ao fim da legislatura os manuais escolares serão gratuitos para toda a escolaridade obrigatória.