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Sete detenções no curso dos Comandos

Seis instrutores e um médico do curso de Comandos onde morreram dois instruendos foram hoje detidos e constituídos arguidos. São suspeitos de abuso de autoridade e ofensa à integridade física.

Última atualização às 11:54

Em comunicado, o Exército confirma que "a Polícia Judiciária Militar apresentou ao Comando do Exército mandados de detenção relativamente a sete militares, no âmbito do processo de inquérito instaurado pelo Ministério Público na sequência dos factos ocorridos durante o 127º Curso de Comandos".

A Procuradoria-Geral da República esclarece que "estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física" e que "serão presentes ao juiz de Instrução Criminal para aplicação de medidas de coação".

Os sete detidos estão neste momento a serem encaminhados para o Presídio Militar de Tomar, apurou a SIC.

Na investigação, que corre no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária Militar.

O inquérito crime contava já dois arguidos, sargentos enfermeiros do Regimento de Comandos.

Dois militares morreram após um treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, a 4 de setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar. Os relatórios finais do Instituto de Medicina Legal confirmaram que Hugo Abreu e Dylan Silva morreram na sequência de golpes de calor.